top of page

Edição #18
Florença, 2025

podcast.jpg
DKANDLE Tranzine.png

“DKANDLE tece paisagens sonoras transcendentes vibrantes e multicoloridas, misturando texturas Shoegaze difusas e reverberantes, meditações Dream Pop hipnotizantes, tons Grunge lamacentos e tensões Post-punk temperamentais, intensificadas com lirismo comovente e vocalizações emotivas e pensativas”

CONFIRA A ENTREVISTA COM A BANDA SOBRE SUA MÚSICA, a cena ROCK no brasil e muito mais

TRANZINE - Como a banda começou? Onde e como se conheceram?

 

Eddie Asheton: Nós começamos no final de 2014. Eu, o Alejandro e o Rodrigo tocávamos juntos em uma outra banda, the Mothers. Aí quando a banda terminou resolvemos nos juntar com outro amigo nosso baterista, o Maicon (que em 2017 foi substituído pelo Gabriel, que tá na banda até hoje), e montamos o Blind Horse.

 

TRANZINE - Qual a origem do nome da banda? Algum significado especial?

 

Alejandro Sainz: Não é o que alguns pensam, uma junção de Blind Faith e Crazy Horse. Nós gostamos da palavra Horse e fizemos várias combinações, como Atomic Horse, Electric Horse, Etc Horse, até fecharmos em Blind Horse.

 

TRANZINE - Como é fazer rock autoral no Brasil? Está melhor ou pior agora?

 

Alejandro Sainz: Muito pior. Especialmente no Brasil. Mas no mundo todo. Parece que a Internet e o streaming facilitaram tudo, mas piorou demais. A música hoje está nas mãos de senhores tecnofeudais bilionários e ter capacidade de fazer investimentos milionários coloca qualquer coisa no mapa. Veja o sertanejo com o investimento pesado do agronegócio, por exemplo. Bandas grandes reclamam que viraram camelôs de camisetas.

TRANZINE - Como funciona o processo de composição da banda?

 

Eddie Asheton: Uma coisa ótima no Blind Horse é que todo mundo compõe. Normalmente nós compomos individualmente a estrutura básica de cada música, e aí depois ensaiamos elas, os outros músicos da banda acrescentam outras coisas, e no final das contas podemos dizer que cada uma das músicas foi feita por todos da banda.

TRANZINE - Quais as principais influências musicais da banda?

 

Eddie Asheton: Todo mundo na banda é muito fã de rock dos anos 60 e 70 e suas influências, então ouvimos tanto isso a vida toda que na hora que tocamos sai naturalmente essa mistura de hard rock, blues, soul, folk, e por aí vai.

 

TRANZINE - Sobre o seu álbum mais recente, Rock and Roll Days, há alguma diferença marcante entre este álbum e os lançamentos anteriores da banda?

 

Eddie Asheton: Rock and Roll Days é a evolução natural do nosso álbum anterior, o Patagonia, da mesma forma que Patagonia é a evolução de In the Arms of Road, nosso primeiro EP. Não mudamos radicalmente de estilo nem traímos nenhum movimento, hahaha.

 

TRANZINE - Em 2017 vocês lançaram um single em português, o ‘Noite Estranha’. Como foi a reação dos fãs? Pretendem gravar mais músicas em português?

 

Eddie Asheton: As pessoas reagiram bem à música, eu acho que – assim como nós da banda – não viram grandes diferenças no fato de não ser uma música em inglês. Ela é em português para ser uma homenagem a grandes bandas clássicas do rock brasileiro que adoramos como Made in Brazil, Casa das Máquinas, o Terço, entre várias outras. Da mesma forma que Santiago & la Pesada do Rocanrol, do Rock and Roll Days, é uma homenagem a bandas clássicas do rock argentino que também amamos.

Por enquanto não temos planos de lançar nenhuma outra música em português, o que não quer dizer que a gente nunca mais vai gravar e lançar uma.

 

TRANZINE - Como vocês se sentem em relação ao momento atual do rock brasileiro, com muitos roqueiros reaças de extrema-direita e tal?

Alejandro Sainz: É uma merda. Mas não concordo com quem pensa que o rock virou coisa de reacionário. No underground tem muita banda assumidamente de esquerda, antifascista e, felizmente, tem sido a grande maioria dos casos por onde temos passado.

 

TRANZINE - Como está a cena underground brasileira atualmente? Sinto que agora há menos lugares para tocar e que a maioria desses lugares só aceitam bandas cover. Está assim mesmo?

 

Alejandro Sainz: Sim, muitos lugares, talvez a maioria, seja para bandas cover. Alguns reservam os piores dias, como os domingos, para bandas de verdade. E outros lugares, como o Garage Grindhouse e o Centro Cultural Diversa no Rio de Janeiro, são praticamente dedicados a bandas e artistas que fazem sua própria música e constroem a cena brasileira.

 

TRANZINE - A banda já teve algum momento engraçado, inesperado ou memorável ao vivo?

 

Eddie Asheton: Agora eu não consigo me lembrar de nenhum momento engraçado ou inesperado, mas com certeza aconteceram alguns em todos estes anos de banda. Agora um grande momento memorável sem dúvida foi a primeira vez que tocamos no Aldeia Rock Festival, na edição de 2018. O combinado era de fecharmos a primeira noite do festival. Houve algum atraso (como não é raro de se acontecer em shows em geral) e então subimos ao palco quase 4 e meia da manhã. Fizemos um set mais longo que o nosso habitual e mesmo assim quando acabamos os amigos da madrugada ficaram pedindo mais. Resultado: quase 3 horas de som, nosso maior show até hoje. E você acha que depois nós fomos guardar o equipamento e dormir? Nada disso, fomos nos refrescar no riacho. Foi lindo demais!

 

TRANZINE - Quais são os próximos planos da banda?

Eddie Asheton: Seguir em frente fazendo shows pra divulgar o nosso disco recém lançado e espalhar o nome do Blind Horse por aí. E começar a trabalhar em músicas novas pro nosso terceiro álbum, que esperamos que não saia só daqui a 6 anos, Hahaha.

Qual a melhor música do Blind Horse?
Deixe seu comentário
abaixo

VOCÊ TAMBÉM PODERÁ GOSTAR:

ASSINE PARA ATUALIZAÇÕES
SEJA INFORMADO EM PRIMEIRA MÃO SOBRE NOVAS EDIÇÕES 

Obrigado!

bottom of page