A seguir você terá a chance de saber mais sobre essa banda de Westport, WA, EUA. Descobri-los por acaso pesquisando por bandas underground americanas (originalmente eles se chamavam Soilent Green). Para três moleques despretensiosos, o som que eles levam é de altíssima qualidade... Eu publiquei só as melhores partes, já que a entrevista na íntegra (feita via ICQ) ficou bem grande, mas de qualquer maneira ainda tem um monte de informação aqui.
EDIT 2024: Infelizmente a banda acabou em 2003.
Deixei a entrevista no ar porque essa foi a primeira banda entrevistada pelo zine.
“DKANDLE tece paisagens sonoras transcendentes vibrantes e multicoloridas, misturando texturas Shoegaze difusas e reverberantes, meditações Dream Pop hipnotizantes, tons Grunge lamacentos e tensões Post-punk temperamentais, intensificadas com lirismo comovente e vocalizações emotivas e pensativas”
TRANZINE - Bem, primeiro de tudo, quem é quem no Soylint Green?
LEON - Sou eu Lysol Leon Bowers na guitarra e vocal, Lance Graham no baixo e Toad na bateria.
TRANZINE - Vocês são todos adolescentes, certo? Quantos anos vocês têm?
LEON - Eu e o Toad temos 16 e o Lance 17 (NR.: Entrevista realizada em 1997).
TRANZINE - Você deve ter percebido que a mídia agora está focalizando a sua atenção pra bandas de adolescentes, tipo Silverchair, Radish, Symposium, Midget etc. Você acha que suas chances vão ficar maiores agora, ou vai ficar tudo a mesma coisa?
LEON - Tá tudo igual, ou pelo menos não notei nenhuma diferença...
TRANZINE - Como você descreveria a sua música?
LEON - Provavelmente apenas garage rock... Na verdade é difícil descrever porque nós tocamos um monte de estilos diferentes... Por exemplo, uma música pode ser punk-rock enquanto a próxima pode ser de um tipo mais pesado...
TRANZINE - Por que o seu álbum se chama "Bored In The USA" (Entediado nos EUA)?
LEON - Basicamente nossa banda foi formada para fugir do tédio e tentar se livrar das coisas pouco interessantes que o resto do pessoal faz aqui em Westport.
TRANZINE - Como você se sente a respeito da atual moda 'electronica' nos EUA?
LEON - Eu não sei, parece que um monte de clubes em Seattle estão virando dance clubs... Então, isso é pouco convincente e o Seattle Music Magazine está focalizando mais a atenção na dance music e basicamente virando as costas para as bandas que fizeram a revista conhecida antes de tudo.
TRANZINE - Você conhece alguma banda brasileira?
LEON - O Sepualtura não é do Brasil?
TRANZINE - Você quis dizer Sepultura?...
LEON - Isso, eu não sou muito bom em ortografia...
TRANZINE - Tranquilo... Sim, eles são do Brasil. Qual foi o melhor show de vocês?
LEON - Provavelmente o de ontem no Capital Theater, tinha cerca de 150 pessoas e esse é um número muito bom.
TRANZINE - Legal. A sua cidade é próxima de Seattle?
LEON - Eu moro há 30 km de Aberdeen [cidade natal do Nirvana]. De Seattle, a distância é de cerca de duas horas. Na maioria das vezes nós tocamos no Olympia, é onde rolou o show de ontem.
TRANZINE - Quais são os seus planos para o futuro próximo?
LEON - Vender o máximo número de CD's possível, fazer shows em locais maiores, talvez fazer uma turnê durante as férias de primavera e verão.
TRANZINE - Você acha que a Cannabis deveria ser legalizada?
LEON - Eu não vejo porque não... Não prejudica ninguém. Aqui em Washington foi feita uma pesquisa médica sobre a maconha e 48 por cento votou a favor dela.
TRANZINE - A última pergunta: o punk morreu?
LEON - Bem... A cena só precisa de um pouco mais de apoio. Eu tenho certeza de que agora que o punk não é mais tão grande como antes, a cena undergorund vai se tornar melhor.
OUÇA ABAIXO A FAIXA 'USELESS INVENTION':
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Edição #1
Londres, 1997
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