Eles são de Aracaju, cantam em inglês e são uma das bandas mais populares do meio alternativo brazuca. Com duas músicas incluídas na coletânea Don't Be Afraid My Son, mais duas na coletânea 100trífuga, uma promo-demo e finalmente o primeiro cd, lançado pela Short Records, o Snooze conta nessa entrevista um pouco mais sobre a sua trajetória.
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“DKANDLE tece paisagens sonoras transcendentes vibrantes e multicoloridas, misturando texturas Shoegaze difusas e reverberantes, meditações Dream Pop hipnotizantes, tons Grunge lamacentos e tensões Post-punk temperamentais, intensificadas com lirismo comovente e vocalizações emotivas e pensativas”
TRANZINE - Qual o ideal de cena alternativa para você? Está satisfeito com a cena atual? Existe cena???
FABINHO - Tocar, se divertir e conhecer pessoas. Não sei se existe cena, mas sei que existem pessoas legais fazendo coisas legais como bandas e zines. Isso é o que importa.
TRANZINE - O que você tem ouvido ultimamente?
FABINHO - "13" do Blur, "Hello nasty" dos Beastie Boys, Tom Waits, Mingus Mingus Mingus Mingus Mingus, etc... Ah, Beatles. Sempre.
TRANZINE - Quando poderemos ver um show do Snooze aqui no Rio?
FABINHO - Quando algum louco (quem sabe você???) mandar três passagens ida-e-volta de avião, iremos na mesma hora! Caso contrário é muito stress, estamos até hoje endividados pelo show que fizemos em Niterói e os três em SP em outubro passado lançando o disco. Outra dessa, quem sabe um dia, mas sem planos!
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TRANZINE - Como é ter uma banda de rock cantando em inglês em Aracaju?
FABINHO - Realmente é difícil, e seria mais ainda se a gente tivesse preocupado em "se dar bem" por aqui. Como isso não existe, de verdade, acho que dá na mesma a gente morar aqui ou numa grande metrópole, com a exceção de que os shows seriam menos escassos e talvez o público mais abrangente.
TRANZINE - Existe uma cena legal por aí?
FABINHO - Diria que existem algumas poucas pessoas interessadas em promover uma cena legal. Infelizmente falta muito pra isso se concretizar. Do lado das bandas, a grande maioria não tem um trabalho próprio, não grava demos, não sabe o que é uma cena alternativa. Recentemente alguns amigos montaram uma produtora, a Marginal Produções que já tem como trunfo o festival Rock-SE e continua agitando um pouco o adormecido lado rockenrou da cidade.
TRANZINE - Por que as letras são em inglês?
FABINHO - Bem, no começo era o que tava em evidência (estouro do grunge etc) e qualquer banda indie nacional queria por queria cantar em inglês, mesmo que não soubesse. O que era mais ou menos nosso caso. Isso foi por volta de 92, 93. Depois de estruturar mais a banda, não tinha jeito de voltar atrás, nosso som foi calcado sob influências de bandas que apenas cantavam em inglês, talvez tenha sido mais cômodo permanecer assim, ou vai ver ficou mais bonito. Ah, e a gente aprendeu um pouquinho de inglês.
Você já viu o Snooze ao vivo?
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Edição #4
Rio de Janeiro, 2001
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