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Edição #10
Rio de Janeiro, 2007

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“DKANDLE tece paisagens sonoras transcendentes vibrantes e multicoloridas, misturando texturas Shoegaze difusas e reverberantes, meditações Dream Pop hipnotizantes, tons Grunge lamacentos e tensões Post-punk temperamentais, intensificadas com lirismo comovente e vocalizações emotivas e pensativas”

Descoberta em 1964 na necrópole de Saqqara, a tumba de Niankhkhnum e Khnumhotep revela atráves de sua iconografia a intimidade que dois egípcios mantiveram durante o reinado de Niusere da Quinta Dinastina.  Embora arqueológos e pesquisadores não tenham chegado ainda a um consenso sobre a homossexualidade do casal, pelo menos dois trabalhos  já foram apresentados por Greg Reeder a favor da tese. 

A homossexualidade no Egito antigo não era desconhecida, mas não parece ter sido prevalente em nenhuma época. Conforme se vê em alguns dos primeiros documentos relativos ao mito de Seth e Hórus, é óbvio que as tendências homossexuais eram conhecidas. Estas tendências não eram vistas com desagrado total.

No mito, Seth deseja deitar-se com Hórus, o que Horus consente livremente na maioria das versões. Em algumas versões, ele consulta previamente a sua mãe, Ísis, antes de deitar-se com Seth. Não são os desejos homossexuais que os outros deuses repreendem, mas o pensamento de que Hórus voluntariamente permitiu que Seth o usasse no que acreditava-se ser o papel de uma mulher. Como os deuses acreditavam que Hórus fez o papel de mulher, sendo dominado por Seth, eles acharam que ele era incapaz de ser um governante, uma cargo ocupado por um macho. É somente através da astúcia de Isis que Hórus defende sua honra e mostra, através de artifícios, de que na verdade foi ele que dominou Seth.

No Livro dos Mortos, há setores de confissão negativa que mostram desonra em relacionamentos homossexuais. Estas confissões negativas, porém, têm muitas traduções diferentes, dependendo do tradutor. Essa inconsistência faz com que seja difícil dizer se os relacionamentos homossexuais eram malvistos em geral, ou se eram apenas um tabu em certos lugares, tempos e situações.

Um conjunto de papiros da sexta dinastia fala sobre o faraó Pepi II e seu general, Sasenet. Os dois são vistos tendo escapadelas noturnas. Uma pessoa comum segue o faraó em uma de suas andanças noturnas e o vê entrando na casa de seu general, Sasenet, de forma secreta. O tom do papiro é neutro no julgamento do faraó e dos seus encontros amorosos noturnos. Isso pode ser porque o faraó era considerado uma divindade e, portanto, já era dominante sobre Sasenet. Isso mostra que a homossexualidade não era popularmente vista com bons olhos, pois Pepi foi forçado a continuar com seu caso de forma clandestina.

A entrada da tumba e as inscrições com os nomes. A da direita  para Niankkhnum e a da esquerda para Khnumhotep. No topo, os títulos: "Manicuro e Inspetor dos Manicuros do Palácio e Confidente do Rei."

Niankhkhnum guiando Khnumhotep através dos seus domínios. Junto a eles, seus filhos.

O Banquete é a mais elaborada cena da tumba, com Khnumhotep à direita com uma flor de lotus na mão e Niankhkhnum à  esquerda. Entre os dois, os convidados, dançarinos e músicos.

Do outro lado da entrada para a câmara onde estão os sarcófagos, uma imagem colocada para confundir possíveis invasores.

Os dois abraçados logo após a entrada dão boas vindas aos visitantes na sua "Casa da Eternidade".

Na entrada para o salão onde estão as criptas, seus nomes em comunhão  podem  ser traduzidos como "unidos na vida e unidos na morte", embora não se saiba até que ponto tenham assumido em suas vidas esses nomes.

No santuário, a primeira cena mais íntima.  O abraço apertado, nariz com nariz.  Seus filhos os envolvem. Há várias crianças ao  redor que não aparecem no destaque da foto. Mas das esposas (sim, eram casados) nenhum traço.

O Abraço Eterno 

Numa intimidade rara de ser reportada pela arte egípicia, o último abraço. Nos aposentos mortuários, os dois homens se unem no desejo de se rencontrarem além da morte.

E aí, acha que eles eram apenas amigos? Deixe seu comentário abaixo

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